Feridas na boca ou no lábio que não cicatrizam, caroços, inchaços, áreas de dormência, sangramentos sem causa conhecida, dor na garganta que não melhora e manchas esbranquiçadas ou avermelhadas na parte interna da boca ou do lábio. Nas fases mais evoluídas dificuldade em falar e engolir, caroço no pescoço e perda de peso são os sintomas mais comuns do câncer de boca, sendo o carcinoma epidermóide o tipo histológico mais frequente. Um tipo de câncer pouco falado na mídia, mas que atinge milhares de brasileiros todos os anos. De acordo com as informações do Instituto Nacional do Câncer (INCA), somente no ano passado 14.120 casos foram diagnosticados no Brasil, onde destes mais de 6 mil foram a óbito.

As principais causas são o tabagismo, exposição a raios solares e o consumo de bebidas alcoólicas associadas ou não a trauma crônico (uso de restaurações e próteses dentárias mal-ajustadas), má higiene oral e história familiar de câncer.

A cirurgia e a radioterapia são, isolada ou associadamente, métodos terapêuticos aplicáveis ao câncer de boca. Para lesões iniciais, tanto a cirurgia quanto a radioterapia tem bons resultados e sua indicação vai depender da localização do tumor e das alterações funcionais provocadas pelo tratamento. Nestes casos iniciais a cura ocorre em 80% dos casos.

Alem da realização do auto-exame, a visita freqüente ao seu dentista é indicado para o diagnóstico precoce nesse tipo de situação. Em casos de diagnóstico tardio, mesmo quando o paciente consegue ser curado, ele pode ficar com sequelas como problemas na fala ou deformidades na face. São tipos de problemas que sempre geram abalos psicológicos. A vida social e a emocional dos pacientes ficam comprometidas se o diagnóstico acontecer tardiamente, por isso qualquer alteração ou dúvida procure o seu dentista.

Dr. Douglas Heil    CRO/SC 6759

Especialista em Periodontia

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